Ninguém, nem mesmo os adeptos portugueses mais otimistas, esperava que a estreia de Ivo Lopes na categoria SBK do Mundial Superbike fosse um “dia de trabalho fácil”. E a verdade é que este primeiro dia em Barcelona, integrando a equipa oficial ROKiT BMW Motorrad WorldSBK, foi precisamente tudo menos fácil.
Com muita coisa a acontecer em simultâneo, nomeadamente a adaptação ao ritmo do campeonato e numa categoria extremamente competitiva, adaptação à forma de trabalho da equipa oficial BMW Motorrad WorldSBK, adaptação à M 1000 RR na sua especificação de SBK, compreensão de como tirar o melhor partido dos pneus slick da Pirelli, a missão de Ivo Lopes foi ainda dificultada por um problema técnico na sessão de treino da manhã, em que não conseguiu registar qualquer tempo.
Depois de resolvidos os problemas na moto alemã, Ivo Lopes conseguiu, finalmente, rodar com a sua M 1000 RR #75 no circuito de Montmeló, entrando nas tabelas de tempos das SBK nesta ronda de Barcelona do Mundial Superbike.
A melhor volta do piloto português – 1m44.314s – permitiu-lhe terminar em 21º na sessão de treino da tarde, mas como os tempos da manhã, fruto de temperaturas mais baixas, foram mais competitivos, Ivo Lopes acabou por fechar o primeiro dia em Barcelona no 23º lugar da tabela de tempos.
Um registo interessante e que não esconde a evolução do português ao longo do único treino livre em que conseguiu rodar, deixando antever espaço para melhorias no dia de sábado do Mundial Superbike.
Em reação aos resultados e a tudo o que aconteceu neste primeiro dia em Barcelona, Ivo Lopes refere que está “Muito contente com o primeiro contacto com esta nova realidade. O mais difícil está feito, que foi ultrapassar todos os nervos dos últimos dias e alguma ansiedade. É uma oportunidade que perseguia e que desejava há já alguns anos. No FP1 de hoje, pretendíamos fazer voltas para testar a moto, perceber as diferenças, mas devido a um problema técnico acabei por fazer apenas uma volta. São contratempos que fazem parte das corridas. Assim, passámos o plano para o FP2, adaptar-me à moto e testar os pneus, tudo mesmo muito diferente ao que estou habituado. O feedback é muito positivo, gosto muito da moto, embora tenhamos algumas coisas para trabalhar, como é normal. Foi um trabalho muito empenhado para compreender o funcionamento desta nova moto, desde a eletrónica, aos travões, aceleração, o chassis e os pneus. Ficámos muito satisfeitos com o resultado dos treinos, porque na realidade temos uma enorme margem para progredir, ainda me sinto um pouco lento porque não conheço bem as reações da moto, mas estou bastante contente. Quero agradecer muito à equipa por tudo, pela compreensão e ajuda e amanhã vamos com tudo para o FP3, mas com a clara noção de que temos apenas 20 voltas. Amanhã, continuamos a contar com todo o vosso apoio!”.
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