Kenan Sofuoğlu anunciou que vai retirar-se da competição. Mas a retirada não vai acontecer no final da temporada, como o turco tinha avançado em Março à Agência da Anatólia e que noticiámos aqui. O final de carreira de Sofuoğlu acontecerá já depois da corrida deste fim-de-semana em Imola.
Depois de um ano pejado de lesões, em 2018 o piloto turco contraiu novas e agravou antigas. Por isso, aos 33 anos, decide dar por terminada a sua carreira de piloto, numa data em que celebra 20 anos de carreira.
«Tal como o Presidente deseja, vou retirar-me da competição este fim-de-semana. Vou celebrar os meus 20 anos de carreira este fim-de-semana! Nos últimos meses sofri algumas lesões que deixaram a minha família muito assustada, e também o nosso Presidente. Por isso decidi retirar-me antes do que tinha pensado. Não posso dizer que estou triste, porque já tenho alguns pilotos turcos treinados para correr e levar a nossa bandeira. Há 20 anos comecei a minha carreira na competição com o objectivo de correr nos campeonatos do Mundo. Conquistei cinco títulos mundiais. Estou muito agradecido por isso. Muitas pessoas apoiaram-me na conquista desses títulos, e quero agradecer a todos por isso. Para a Kawasaki Puccetti Racing Team e para os meus fãs estarei pela última vez em pista nos dias 12 e 13 de Maio em Itália».
Carreira bem sucedida
Kenan Sofuoğlu coloca um ponto final na sua carreira tendo sido o piloto que mais títulos mundiais de Supersport conquistou. A sua bem sucedida carreira desportiva com cinco títulos mundiais e 43 vitórias, contrasta com a sua vida pessoal.
A vida familiar de Kenan foi afectada com a perda de parentes próximos. Kenan era o mais novo de três irmãos, todos eles pilotos de velocidade. O seu irmão mais velho, Bahattin, morreu num acidente de viação em 2002, com 24 anos. Tinha sido três vezes campeão nacional de Supersport. Sinan, o irmão do meio, morreu em 2008 no circuito İzmit Körfez quando treinava para o campeonato nacional; tinha 25 anos.
Já em 2015, Kenan Sofuoğlu teve que voltar a lidar com o luto de uma forma ainda mais dura. Perdeu o seu filho de 4 meses, após um período de coma em consequência de uma hemorragia cerebral. Kenan conseguiu resistir a todos estes abalos, e chegou mesmo a vencer em Imola, em 2015, quando o seu filho estava em coma.
Agora é o físico que o obriga a parar. Mas apenas como piloto, porque vai continuar a acompanhar e a ensinar jovens pilotos turcos. Alguns deles estão já nos palcos mundiais, como Toprak Razgatlioğlu no Mundial de SBK, Ali Efe Yeğin nas Superstock 1000 ou os irmãos Deniz e Can Öncü no Mundial de Moto3 Jr. e Red Bull MotoGP Rookies Cup.