Por estes dias os fãs de Miguel Oliveira aguardam com ansiedade novidades relacionadas com o futuro do piloto português no MotoGP. E embora o ainda piloto da Red Bull KTM Factory se mantenha “ao lado” de todos os rumores, a verdade é que cada vez parece mais certo qual será o seu futuro. E essa certeza, se assim podemos dizer, ganha mais força devido às declarações de Paolo Ciabatti, diretor desportivo da Ducati Corse.
O responsável italiano concedeu uma entrevista ao portal alemão Speedweek, onde aborda o tema Miguel Oliveira. Ciabatti confirma que o português esteve mesmo muito perto de assinar pela Gresini Racing, mas por uma questão de timing acabou por assinar pela RNF Aprilia de Razlan Razali.
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Esta é uma “confirmação” não oficial, e por isso as palavras de Paolo Ciabatti devem ser lidas dentro deste contexto específico, numa altura em que o mercado de pilotos de MotoGP está em ebulição e com muitas confirmações para serem anunciadas oficialmente nas próximas semanas.
“A situação com o Oliveira parecia ser positiva, mas necessitávamos da aprovação da Gresini Racing pois é uma equipa cliente. Por princípio pagamos (Ducati Corse) aos pilotos da Lenovo e Pramac. As equipas cliente sim, consultam-nos, mas fazem as suas próprias escolhas. Porque nós não podemos sustentar financeiramente todos os oito pilotos de MotoGP. Por isso levou algum tempo para nós e a Gresini chegarmos a um acordo por causa do Miguel Oliveira. Entretanto a Aprilia assinou um contrato com a RNF do Razlan Razali. Fizeram uma boa oferta ao Oliveira, e ele decidiu aceitar. É compreensível, porque não estávamos prontos a tempo de lhe oferecer um acordo com a Gresini”, refere Paolo Ciabatti.
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Consciente de que perdeu um piloto vencedor em todas as três categorias do Mundial de Velocidade, mas particularmente um piloto que soma quatro vitórias em MotoGP, Paolo Ciabatti refere ainda que o acordo de Miguel Oliveira é diretamente com a casa de Noale e não com a equipa malaia RNF de Razali:
“Enquanto procurávamos um acordo com a Gresini para poder pagar o ordenado do Miguel Oliveira, a Aprilia reagiu mais rápido e conseguiu finalizar um contrato com a fábrica. O nosso acordo com ele falhou por uma questão de timing”.
Declarações relevantes, até porque, para além de anunciar que Miguel Oliveira escolheu assinar pela RNF Aprilia para competir em MotoGP a partir de 2023 – provavelmente num acordo que se vai prolongar por mais do que duas temporadas e com vista a passar à equipa de fábrica no futuro – Paolo Ciabatti indica que o segundo piloto da RNF Aprilia será Raul Fernandez, o jovem espanhol que se estreia este ano em MotoGP na Tech3 KTM.
O dirigente italiano confirma que a Ducati também equacionou a contratação de Raul Fernandez, mas que esse interesse no espanhol rapidamente esfriou quando a KTM exigiu o pagamento de um valor monetário para libertar o piloto do contrato com a marca austríaca.
Com este anúncio não oficial sobre o futuro de Miguel Oliveira a partir de 2023, falta mesmo saber até quando o piloto português vai manter o silêncio sobre o assunto. Ainda no Grande Prémio da Grã-Bretanha, Miguel Oliveira afirmou que terá tudo acertado, mas que a divulgação do acordo está “presa” por questões contratuais.
Provavelmente apenas teremos a confirmação oficial de Miguel Oliveira na RNF Aprilia no Grande Prémio da República de São Marino, em Misano, já no mês de setembro.