O título já tinha ficado decidido antes do final da temporada, mas na última ronda do campeonato, realizada em Losail, no Qatar, Jonathan Rea não facilitou: averbou mais duas vitórias, para um total de 16 nas 26 corridas realizadas em 2017.
O campeão do Mundo fechou a temporada com chave de ouro, secundado em ambas as mangas por Chaz Davies, que na segunda manga ainda chegou a liderar, mas incapaz de bater o piloto da Kawasaki. Com os dois segundos lugares Davies assegurou o segundo lugar do campeonato, Batendo Tom Sykes, que caiu na segunda manga, descendo para a terceira posição da tabela de pontos.
Marco Melandri subiu ao pódio na primeira manga, terminando em terceiro, posição ocupada por Alex Lowes na segunda manga.
Agora pilotos e equipas entram no tradicional interregno de Inverno e a próxima actividade oficial são os testes de pré-temporada conjuntos em Phillip Island, entre 19 e 20 de Fevereiro, na semana anterior à primeira corrida da temporada de 2018 no circuito australiano.
«O total de pontos é engraçado, mas o campeonato é o mais importante», disse Rea no final. «Vencer 16 corridas numa temporada, mais de 50% do total, não é normal. É o principal que tiro disto. Este ano, continuo a dizer, não tenho palavras. Tornou-se normal estar aqui no pódio, e isso é um bocado assustador. Mas agora é o meu tempo, e estou a desfrutar o momento».
Dados curiosos
• Johnny Rea protagonizou uma fantástica temporada, mas não conseguiu bater o maior número de vitórias alcançadas numa época. Ao conquistar 16 vitórias em 26 possíveis, Rea ficou a uma vitória de bater Doug Polen, que em 1991 venceu 17 das 26 corridas dessa temporada para se sagrar campeão com a Ducati.
• Rea conquistou 24 pódios este ano, ficando a 1 do recorde que pertence a Colin Edwards desde 2002.
• Um recorde que Rea ‘roubou’ a Edwards foi o de pontos conquistados numa época: o recorde do americano era de 552 em 2002, e este ano o piloto da Kawasaki alcançou um total de 556.
• A 16.ª vitória de Jonathan Rea foi também a 220.ª vitória britânica no Mundial de Superbike, o que significa um claro domínio dos britânicos, uma vez que a nação na segunda posição, os EUA, têm ‘apenas’ 119 vitórias. Porém esta diferença foi conseguida apenas nos últimos cinco anos: em 2012 a Grã-Bretanha, EUA e Austrália, por altura da ronda de Nurburgring, estavam empatadas, com 118 vitórias cada uma. Desde então os EUA venceram apenas uma corrida (pelas mãos de Nicky Hayden, na Malásia, no ano passado) e a Austrália não voltou a vencer (a última vitória australiana foi a de Troy Bayliss em Portimão em 2008). Nestes últimos cinco anos os britânicos amealharam 101 vitórias divididas entre Jonathan Rea, Tom Sykes, Chaz Davies e Leon Haslam.