São ainda imagens geradas por computador, mas estas primeiras fotos da Moto2 da MV Agusta servem para abrir o apetite. A marca italiana vai regressar ao Mundial de Velocidade no próximo ano, depois de uma ausência de mais de quatro décadas.
As motos serão entregues à equipa Forward Racing, que este ano está a utilizar as Suter pilotadas por Eric Granado e Stefano Manzi.
Não há dados ainda sobre o chassis, mas pelas imagens mantém a treliça tubular das suas actuais desportivas. Os testes dinâmicos do protótipo têm início previsto para Julho.
A MV Agusta regressa aos grandes prémios 42 anos depois de ter deixado esta competição. Durante os seus anos de participação no Mundial, entre 1949 e 1976, a MV Agusta tornou-se muito bem sucedida. Conquistou 37 títulos de construtores e 38 de pilotos em quatro classes diferentes.
A última vitória foi conseguida por Giacomo Agostini no GP da Alemanha, em Nurburgring, a 29 de Agosto de 1976.
O regresso de uma marca história
A marca fundada em 1945 pelo Conde Giovanni Agusta fechou em 1980. Foi comprada pela Cagiva dos irmãos Castiglioni em 1991, em 1997 era lançada a primeira MV Agusta da era moderna. A marca italiana regressou às competições em 2004 apoiando o importador alemão na participação com uma F4 1000 no IDM, o campeonato alemão. Conquistou a sua primeira vitória desde 1976, pelas mãos de Jörg Teuchert.
Nos anos seguintes houve várias participações das motos italianas em vários campeonatos (Luca Scassa venceu mesmo o campeonato de Superstock em 2006), mas o regresso oficial da fábrica às corridas só aconteceu em 2014, com a participação da MV Agusta Reparto Corse nos mundiais de Supersport e Superbike.
Agora será o regresso ao Mundial de Velocidade, na categoria de Moto2.
Forward Racing desde 2010
A Forward Racing foi originada depois do abandono na Kawasaki nos grandes prémios, aproveitando assim alguns recursos humanos e materiais que já estavam no paddock. Chefiada por Giovanni Cuzari, a equipa iniciou-se em Moto2 em 2010, no ano de estreia desta categoria. Ao longo dos anos a equipa usou várias motos. Começou com a Suter, mudou para a FTR a meio de 2012 e em 2013 mudou para a Speed Up; em 2014 usou o seu próprio chassis Forward KLX (que na verdade eram Kalex alterados) e de 2015 a 2017 usou Kalex, para voltar à Suter este ano. Os melhores resultados no campeonato foram conseguidos por Jules Cluzel (7.º em 2010) e Simone Corsi (7.º em 2014).
A equipa também esteve presente em MotoGP, entre 2012 e 2015, primeiro com FTR-Kawasaki e depois com Yamaha M1 (tendo usado quadros Yamaha, FTR e Harris).
Mas em 2015 Giovanni Cuzari foi detido na Suíça por suspeita de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão fiscal. No final desse ano a Foward Racing deixou de estar presente em MotoGP e concentrou-se apenas nas Moto2.
Agora as Moto2 entram numa era, com a saída da Honda como fornecedora de motores e a chegada da Triumph. Uma nova era que fica marcada também pelo regresso da Mv Agusta.
