MotoGP em Portimão fica sem público

O Primeiro Ministro, António Costa, anunciou ontem a proibição de público nas bancadas do AIA, na ronda de MotoGP que se realiza dentro de semanas em Portimão.

Num momento em que se fala da quase certa integração de uma ronda em Portimão no calendário de MotoGP 2021 e inclusive especula-se uma segunda ronda em solo português, o Primeiro-Ministro, António Costa, anunciou ontem, após o Conselho de Ministros extraordinário, que a prova de MotoGP, agendado entre 20 e 22 de novembro em Portimão, ficará vedada ao público nas bancadas.

A decisão de proibir a presença do público no Circuito Internacional de Portimão, referiu o Primeiro Ministro, deveu-se ao mau exemplo constatado aquando da recente realização do Grande Prémio de Portugal em Fórmula 1, onde foram registados vários incidentes de ajuntamentos e desrespeito pelo distanciamento social necessário.

” O que aconteceu na F1 é absolutamente inaceitável e irrepetível. Já está revelada a incapacidade de organizar eventos com público. Já foi comunicado ao promotor que o Grande Prémio de Motos não terá público. Não podemos voltar a correr riscos“, justificou António Costa aos jornalistas após a reunião que serviu para serem definidas as novas medidas de combate à Covid-19.

Refira-se que ainda esta semana a Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) apelava ao Governo para envidar esforços no sentido de manter a realização do MotoGP, considerando que, tal como a F1, são uma mais-valia para a região e “inserem-se num conjunto de meia dúzia de eventos âncora que o Algarve precisa para esbater a sua maior fraqueza, a sazonalidade”.

A AHETA, em declarações à Lusa, defendeu ainda que estes dois eventos promovem a economia local e nacional de forma substancial: “Geram fluxos importantes para a região, funcionando também como meios privilegiados de promoção, atendendo à sua elevada cobertura mediática internacional. O impacto na economia regional e nacional e o efeito multiplicador na vida e sociedade dos locais e regiões onde as provas decorrem é enorme, podendo atingir 5/6 vezes os custos de investimento”.

Com o anúncio de proibição de público nas bancadas do AIA para o MotoGP, o Governo optou assim pela manutenção da prova, acabando por atender, ainda que parcialmente, às expectativas do sector.

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