Certamente que depois de muitos meses de espera e ansiedade, o caro leitor está desejoso de ver as motos e pilotos do Mundial de Velocidade a rodar em pista e, principalmente, discutirem as vitórias em cada Grande Prémio. Mas para que consiga acompanhar da melhor forma possível a temporada 2023, a Revista MotoJornal preparou um guia completo da categoria MotoGP onde milita o piloto português Miguel Oliveira.
Conhecida como a categoria rainha pelo nível de sofisticação das motos e do espetáculo que gera em cada fim de semana, a MotoGP torna-se no principal foco de atenção dos fãs. Mas até mesmo os fãs mais dedicados podem não saber tudo o que mudou para este ano.
As novidades são muitas! A começar logo pela abertura da temporada, que depois de muitos anos a realizar-se no Qatar, e devido a obras no circuito de Losail, será no Autódromo Internacional do Algarve com o Grande Prémio de Portugal.
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Este é apenas o primeiro de um total de 21 Grandes Prémios que integram o calendário de MotoGP e do Mundial de Velocidade, o que torna esta a temporada mais longa de sempre, com algumas estreias que deverá ter em conta como são o Cazaquistão e Índia.
No primeiro caso, está a ser construído um circuito totalmente novo, enquanto no segundo caso serão realizadas obras de melhoramento de um circuito já existente, o Buddh International. Em sentido contrário deixamos de ter Motorland Aragón, numa decisão que segue a lógica de rotatividade dos circuitos ibéricos.
Em termos de fabricantes em competição, destacamos o facto de que esta temporada não teremos qualquer marca a beneficiar de concessões. A Aprilia aproveitou essas benesses na temporada passada, mas fruto da evolução e resultados da moto italiana, perdeu esse estatuto. Desta forma, todos os fabricantes estão em pé de igualdade, não podendo modificar os motores ao longo da temporada, entre outros detalhes.
Uma nota, claro, para a ausência da Suzuki, que abandonou o MotoGP e outros projetos desportivos no final de 2022, enquanto o plantel da categoria rainha passa a contar com a presença de uma equipa que estreia um novo fabricante: a GasGas Factory Tech3, que utiliza motos iguais às KTM RC16.
Mas 21 é apenas o número de Grandes Prémios, pois em termos de corridas este ano assistiremos à estreia absoluta das MotoGP Sprint, com metade das voltas de uma corrida normal de GP, e que serão disputadas ao sábado às 15H00 locais.
A primeira nota que deverá ter em conta é que as MotoGP Sprint não contam para as estatísticas oficiais de um Grande Prémio. Tudo o que acontecer nestas corridas disputadas ao sábado à tarde, nomeadamente resultados, será contabilizado e identificado de forma diferenciada dos resultados das corridas de Grande Prémio.
Nesse sentido, também o vencedor do Grande Prémio será aquele piloto que cruzar a meta em primeiro na corrida de domingo, e assim nunca existirá dúvida sobre quem venceu ou, para a história, nunca teremos dois vencedores de um mesmo Grande Prémio.
Em termos de pontuação, os pontos conseguidos pelos pilotos nas MotoGP Sprint contam para a classificação do campeonato, e por isso têm uma enorme importância
Mas nestas corridas curtas apenas 9 pilotos pontuam, e será da seguinte forma: 1º 12 pontos; 2º 9 pontos; 3º 7 pontos; 4º 6 pontos; 5º 5 pontos; 6º 4 pontos; 7º 3 pontos; 8º 2 pontos; 9º 1 ponto. Existirá informação clara sobre quais os pontos conquistados nas MotoGP Sprint e os pontos conquistados na corrida de Grande Prémio.
Penalizações: Quando é que são cumpridas?
Queremos também deixar aqui uma nota para as penalizações que são aplicadas aos pilotos durante os treinos e também nas qualificações, e que, por norma, resultam em perda de posições na grelha de partida ou “long lap penalty”.
Em relação a este tema das penalizações, nas categorias Moto2 e Moto3 não existirá nenhuma novidade. Porém, com a introdução das MotoGP Sprint na categoria rainha poderíamos ficar sem saber em que corrida os pilotos de MotoGP perdem posições na grelha de partida ou terão de cumprir a “long lap”.
As penalizações apenas são aplicadas ou válidas para a corrida de domingo de MotoGP.
Ou seja, se um piloto for penalizado por infração durante os treinos e qualificações, irá participar na corrida MotoGP Sprint arrancando na posição em que se qualificou e sem ter de cumprir a “long lap”. Já na corrida normal de Grande Prémio ao domingo vai arrancar na grelha de partida de acordo com a penalização que lhe foi aplicada, sendo que será nessa corrida em que cumprirá a “long lap”, caso tenha sido essa a penalização.
Formato do fim de semana de Grande Prémio
Claro que tudo isto obrigou a reformular de forma bastante profunda o programa de cada Grande Prémio.
O novo formato de fim de semana apresenta alterações a vários níveis. Seja do ponto de vista dos horários ou da duração de cada sessão em pista das categorias MotoGP, Moto2 e Moto3, a temporada que vai arrancar com o Grande Prémio de Portugal conta com muitas novidades, conforme explicamos de seguida:
Sexta-feira
O primeiro dia de cada Grande Prémio continuará a ser dedicado a treinos. Na categoria principal MotoGP teremos então dois treinos. O primeiro será pelas 10H45 com uma duração de 45 minutos. O segundo treino começa às 15H00 e com uma duração de 60 minutos. Estes treinos deixam de ser denominados Treinos Livres, sendo que os tempos combinados destes dois primeiros treinos se sexta-feira são os que contam para definir os pilotos que passam direto à Q2 e aqueles que têm de enfrentar a Q1.
Na categoria Moto2 existirão duas sessões de treino de 40 minutos cada, em Moto3 as duas sessões de treinos serão de 35 minutos cada uma. As sessões contam para os tempos combinados que definem os pilotos que integram a Q2 e aqueles que têm de passar pela Q1.
Sábado
Este será o dia da grande revolução e de todas as expectativas!
Na categoria MotoGP teremos uma sessão de treinos livres com 30 minutos de duração. Esta sessão não conta para definir os pilotos que passam a cada uma das sessões de qualificação! Depois teremos as qualificações, com a Q1 a iniciar-se pelas 10H50 e a Q2 pelas 11H15. Depois de terminada a Q2, ficamos a saber as posições de cada piloto na grelha de partida para a MotoGP Sprint e para o Grande Prémio. Estas posições não se alteram de sábado para domingo.
A MotoGP Sprint tem início pelas 15H00 e com um procedimento de preparação da grelha de partida reduzido para apenas 15 minutos. A cerimónia de pódio será realizada num local diferente do habitual e que será diferente em todos os circuitos, permitindo aos pilotos festejarem junto dos fãs.
Depois da cerimónia, e pelas 16H15, haverá uma conferência de imprensa onde estarão presentes os três primeiros classificados da MotoGP Sprint, o piloto que garantiu a “pole position” na Q2, e ainda o líder do campeonato.
Antes da MotoGP Sprint teremos ainda a terceira sessão de treinos das categorias Moto2 e Moto3, com duração de 30 minutos. Ao contrário de MotoGP, os tempos combinados que decidem os pilotos destas duas categorias que passam direto à Q2 ou têm de estar na Q1, contabilizam os resultados dos três treinos (dois de sexta-feira e um de sábado).
Domingo
No terceiro e derradeiro dia de cada Grande Prémio também existem novidades a ter em conta.
As categorias Moto2 e Moto3 deixam de ter a sessão “warm up”. Pelas 9H45 terá início o aquecimento de 10 minutos para os pilotos de MotoGP, a que se segue outra novidade, com os pilotos da categoria rainha a circularem pelo circuito durante 30 minutos, fazendo diversos “pit stops”, contactando com os fãs nas bancadas, que depois terão uma outra oportunidade para estar com os pilotos no Hero Walk.
Seguem-se então as corridas propriamente ditas.
A primeira será a de Moto3 pelas 11H00, segue-se a corrida de Moto2 pelas 12H15, e a corrida principal de MotoGP acontece pelas 14H00. Este alinhamento de corridas – Moto3 / Moto2 / MotoGP – é válido para todos os Grandes Prémios, sendo que depois da corrida de MotoGP ao domingo, e dependendo do circuito, os fãs terão a oportunidade de invadir, pacificamente, a pista e celebrar de forma mais direta com os pilotos no pódio.
Horários completos de MotoGP para 2023 *horas locais de cada evento
Sexta-feira
9H00 – 35 minutos – Moto3 – Treino 1
9H50 – 40 minutos – Moto2 – Treino 1
10H45 – 45 minutos – MotoGP – Treino 1
13H15 – 35 minutos – Moto3 – Treino 2
14H05 – 40 minutos – Moto2 – Treino 2
15H00 – 60 minutos – MotoGP – Treino 2
Sábado
8H40 – 30 minutos – Moto3 – Treino 3
9H25 – 30 minutos – Moto2 – Treino 3
10H10 – 30 minutos – MotoGP – Treino Livre (não conta para tempos combinados)
10H50 – 15 minutos – MotoGP – Qualificação 1
11H15 – 15 minutos – MotoGP – Qualificação 2
12H55 – 15 minutos – Moto3 – Qualificação 1
13H20 – 15 minutos – Moto3 – Qualificação 2
13H50 – 15 minutos – Moto2 – Qualificação 1
14H15 – 15 minutos – Moto2 – Qualificação 2
15H00 – MotoGP – MotoGP Sprint
Domingo
9H45 – 10 minutos – MotoGP – Warm Up
10H00 – 30 minutos – MotoGP – Rider Fan Show (pilotos disponíveis para estar com os fãs)
11H00 – Moto3 – Corrida
12H15 – Moto2 – Corrida
14H00 – MotoGP – Corrida
Novidades dos regulamentos: Sensores de pressão de pneus, “holeshot” e outros
Para a temporada 2023, as equipas de MotoGP têm um novo componente nas suas motos: sensores de pressão de pneus. Ou melhor, todas as equipas passam a ter exatamente o mesmo sensor de pressão, o que permitirá verificar, em tempo real, a pressão dos pneus e assim perceber se alguém utiliza pressões abaixo do definido pela Michelin.
Os sensores de pressão dos pneus na categoria rainha serão utilizados em formato experimental nas três primeiras corridas do ano, sendo que depois os fabricantes terão de decidir, por unanimidade, a sua utilização com efeitos definitivos, ou se será necessário implementar alterações ao sistema.
Quando for usado em definitivo, o sistema permitirá punir os pilotos quando a pressão esteja abaixo do definido, e que é 1,9 bar à frente e 1,7 bar atrás. As penalizações serão aplicadas da seguinte forma: se o piloto usar pressão abaixo do limite durante um treino ou qualificação, o tempo obtido nessa volta e condições é imediatamente anulado. Se o piloto for apanhado a fazer mais de 50% da corrida com pressão demasiado baixa, poderá ser desclassificado.
Para este ano temos também uma alteração a um elemento que tem sido bastante controverso: o sistema de ajuste da altura das motos, nomeadamente o denominado “holeshot” dianteiro. A partir de 2023 o sistema apenas poderá ser usado no momento da partida. Não poderá ajustar a altura da dianteira depois disso. O sistema de ajuste da altura da traseira poderá continuar a ser usado como até agora.
A Comissão de Grandes Prémios definiu também nos regulamentos atualizados que para as MotoGP Sprint as motos terão um máximo de 12 litros de combustível. As equipas podem usar um depósito específico para esta capacidade. E por falar em depósito de combustível, e isto é válido para todas as categorias, a partir de agora têm de ser fabricados em aço ou alumínio, podendo ser depois reforçado em determinadas zonas com fibra de carbono, fibra de aramida ou fibra de vidro para maior rigidez estrutural.
Também válido para todas as categorias, temos os suportes dos discos de travão. Estes elementos têm de ser fabricados em magnésio ou ligas de alumínio. Materiais compósitos, com fibra de carbono deixam de poder ser usados.
Uma última nota para os spoilers inferiores do braço oscilante nas MotoGP. Depois do incidente ocorrido em Misano, em que um spoiler saltou da moto depois de raspar num corretor, a altura mínima ao solo deste componente aumenta em 15 mm, tendo agora de estar a pelo menos 35 mm de distância do solo.
Equipas e pilotos: A lista completa
Aprilia Racing
Aleix Espargaró #41 – 1 vitória em MotoGP
Maverick Viñales #12 – 9 vitórias em MotoGP, 25 vitórias em todas as categorias
Veja aqui a apresentação da Aprilia Racing
CryptoData RNF Aprilia
Miguel Oliveira #88 – 5 vitórias em MotoGP, 17 vitórias em todas as categorias
Raul Fernandez #25 – 10 vitórias em todas as categorias
Veja aqui a apresentação da CryptoData RNF Aprilia
Ducati Lenovo Team
Francesco Bagnaia #1 – 11 vitórias em MotoGP, 21 vitórias em todas as categorias
Enea Bastianini #23 – 4 vitórias em MotoGP, 10 vitórias em todas as categorias
Veja aqui a apresentação da Ducati Lenovo Team
GasGas Factory Tech3
Pol Espargaró #44 – 15 vitórias em todas as categorias
Augusto Fernández #37 – 7 vitórias em todas as categorias
Veja aqui a apresentação da GasGas Factory Tech3
Gresini Racing
Alex Márquez #73 – 12 vitórias em todas as categorias
Fabio di Giannantonio #49 – 3 vitórias em todas as categorias
Veja aqui a apresentação da Gresini Racing
LCR Honda Castrol
Alex Rins #42 – 5 vitórias em MotoGP, 17 vitórias em todas as categorias
LCR Honda Idemitsu
Takaaki Nakagami #30 – 2 vitórias em todas as categorias
Mooney VR46
Luca Marini #10 – 6 vitórias em todas as categorias
Marco Bezzecchi #72 – 6 vitórias em todas as categorias
Veja aqui a apresentação da Mooney VR46
Monster Energy Yamaha
Fabio Quartararo #20 – 11 vitórias em MotoGP, 12 vitórias em todas as categorias
Franco Morbidelli #21 – 3 vitórias em MotoGP, 11 vitórias em todas as categorias
Veja aqui a apresentação da Monster Energy Yamaha
Prima Pramac Ducati
Johann Zarco #5 – 16 vitórias em todas as categorias
Jorge Martin #89 – 1 vitória em MotoGP, 11 vitórias em todas as categorias
Veja aqui a apresentação da Prima Pramac Ducati
Red Bull KTM Factory
Brad Binder #33 – 2 vitórias em MotoGP, 17 vitórias em todas as categorias
Jack Miller #43 – 4 vitórias em MotoGP, 10 vitórias em todas as categorias
Veja aqui a apresentação da Red Bull KTM Factory
Repsol Honda
Marc Márquez #93 – 59 vitórias em MotoGP, 85 vitórias em todas as categorias
Joan Mir #36 – 1 vitória em MotoGP, 12 vitórias em todas as categorias
Veja aqui a apresentação da Repsol Honda
21 Grandes Prémios – Todos os circuitos
GP de Portugal – Autódromo Internacional do Algarve – 24 a 26 de março
Reta mais longa – 970 metros
Recorde absoluto – Francesco Bagnaia (2021) – 1m38.725s
GP da Argentina – Termas de Rio Hondo – 31 de março a 2 de abril
Reta mais longa – 1076 metros
Recorde absoluto – Marc Márquez (2014) – 1m37.683s
GP das Américas – Circuito das Américas – 14 a 16 de abril
Reta mais longa – 1200 metros
Recorde absoluto – Jorge Martin (2022) – 2m02.039s
GP de Espanha – Jerez – 28 a 30 de abril
Reta mais longa – 607 metros
Recorde absoluto – Francesco Bagnaia (2022) – 1m36.670s
GP de França – Le Mans – 12 a 14 de maio
Reta mais longa – 674 metros
Recorde absoluto – Francesco Bagnaia (2022) – 1m30.450s
GP de Itália – Mugello – 9 a 11 de junho
Reta mais longa – 1141 metros
Recorde absoluto – Fabio Quartararo (2021) – 1m45.187s
GP da Alemanha – Sachsenring – 16 a 18 de junho
Reta mais longa – 700 metros
Recorde absoluto – Francesco Bagnaia (2022) – 1m19.765s
GP dos Países Baixos – Assen TT – 23 a 25 de junho
Reta mais longa – 487 metros
Recorde absoluto – Francesco Bagnaia (2022) – 1m31.504s
GP do Cazaquistão – Sokol International – 7 a 9 de julho
Reta mais longa – 750 metros
Recorde absoluto – não disponível
GP do Reino Unido – Silverstone – 4 a 6 de agosto
Reta mais longa – 770 metros
Recorde absoluto – Johann Zarco (2022) – 1m57.767s
GP da Áustria – Red Bull Ring – 18 a 20 de agosto
Reta mais longa – 626 metros
Recorde absoluto – Enea Bastianini (2022) – 1m28.772s
GP da Catalunha – Barcelona-Catalunha – 1 a 3 de setembro
Reta mais longa – 1047 metros
Recorde absoluto – Aleix Espargaró (2022) – 1m38.742s
GP de São Marino – Misano World Circuit Marco Simoncelli – 8 a 10 de setembro
Reta mais longa – 530 metros
Recorde absoluto – Maverick Viñales (2020) – 1m31.077s
GP da Índia – Buddh International – 22 a 24 de setembro
Reta mais longa – 1006 metros
Recorde absoluto – não disponível
GP do Japão – Motegi – 29 de setembro a 1 de outubro
Reta mais longa – 762 metros
Recorde absoluto – Jorge Lorenzo (2015) – 1m43.790s
GP da Indonésia – Mandalika – 13 a 15 de outubro
Reta mais longa – 723 metros
Recorde absoluto – Fabio Quartararo (2022) – 1m31.067s
GP da Austrália – Phillip Island – 20 a 22 de outubro
Reta mais longa – 900 metros
Recorde absoluto – Jorge Martin (2022) – 1m27.767s
GP da Tailândia – Buriram – 27 a 29 de outubro
Reta mais longa – 1000 metros
Recorde absoluto – Marco Bezzecchi (2022) – 1m29.671s
GP da Malásia – Sepang – 10 a 12 de novembro
Reta mais longa – 920 metros
Recorde absoluto – Jorge Martin (2022) – 1m57.790s
GP do Qatar – Losail – 17 a 19 de novembro
Reta mais longa – 1068 metros
Recorde absoluto – Francesco Bagnaia (2021) – 1m52.772s
GP da Comunidade Valenciana – Ricardo Tormo – 24 a 26 de novembro
Reta mais longa – 876 metros
Recorde absoluto – Jorge Lorenzo (2016) – 1m29.401s